segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Dias mais calmos à vista...

é tudo tão recente
eu tenho andado reticente...
decaptado pela dinastia
(tudo em volta me angustía)

eu tenho me arrastado pelos cantos
recolhendo minhas vísceras e limpando o meu vômito
as dores são muitas, os temores são tantos
a pureza foi dilacerada por um ressentimento indômito

é tudo tão antigo
eu tenho sido meu inimigo
distraído pela lucidez
(você quer amar outra vez?)

dias mais calmos à vista...
por enquanto a incerteza é vasta
antes que a alma desista
antes que a morte diga: Basta!
dias mais calmos à vista...
trazidos por brisa tênue e casta
após o tombo, a conquista
triunfo que a condição humana desgasta...

Alan F.R. Medrado 14/08/2007

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